sábado, 12 de setembro de 2009

Romântico ou parnasiano

Se eu me comparar à poesia, verei que sou uma mistura de romantismo e parnasianismo.O amor para mim é irracional, não vejo praticidade no amor.O amor é ilógico, não tem como amar calculando, medindo os próprios sentimentos ou o sentimento do outro.E por essa razão caí muitas vezes da ponte movediça do amor.Por não medir a distância entre a felicidade e o precipício.
Há indivíduos que tem a alma parnasiana.Estão sempre atentos com uma fita métrica invisível dentro do coração.Agem tanto com a razão que parecem ter a capacidade de medir o amor e o ódio.Enfim têm uma balança para saber o peso de cada um com o cuidado de não misturá-los.
Desde que foi inventada a palavra amor em todos os idiomas, sabemos que ele,o amor, não anda sozinho e é tão contraditório que nem o mais sensível dos poetas conseguiu explicá-lo.O amor é inexato e sem medidas.
Com o passar do tempo e maturidade tornei-me um tanto parnasiana.Calculo o tempo do amor e o tempo da dor e caso a balança envergue mais para o lado da dor eu desisto.O fardo da dor é por demais pesado e a razão que o tempo me deu de presente sem que eu lhe pedisse trouxe-me a lucidez própria dos parnasianos cuja principal característica é saber a medida exata da felicidade, no entanto por diversas vezes, a tesoura inexata do amor corta minha racionalidade em mil pedaços e eu volto a ser a mocinha romântica que jamais foi embora de mim, apenas adormeceu embalada pela canção da vida real.

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