THE SCARLET LETTER é uma história de adultério,mas é o preconceito que cerca esse fato que movimenta a trama.Hester Pryne é a personagem principal. Presa por cometer adultério, Hester é obrigada a carregar,bordada no vestido,a letra A. Do "pecado" de Hester, nasce Pérola. Hester sofre todo tipo de humilhação e preconceito dos habitantes de Salem,cidade provinciana da Nova Inglaterra onde a moral e os bons costumes estavam acima de tudo.
O pecado ou a maneira como é representado é um tema que compõe a narrativa do começo ao fim.O narrador onisciente não dá ao leitor a definição do que é pecado.O leitor é que vai tirando suas próprias conclusões ao longo da narrativa,porém há a intenção por parte do narrador em fazer o leitor acreditar naquilo que narra.
Já no capítulo introdutório intitulado"O EDIFÌCIO DA ALFÂNDEGA",o leitor,pela primeira vez tem contato com algo que ele supõe(pois o escritor não diz) ser um objeto que está ligado de alguma forma a algo condenável,pois o escritor diz sentir-se mal ao tocar o objeto."Pareceu-me então,-o leitor pode sorrir,mas não duvide de minha palavra,-pareceu-me que experimentei uma sensação não inteiramente,mas quase inteiramente,física de calor em brasa.Estremeci,e sem dar por isso deixei-o cair no chão"
Ao entrar no segundo capítulo,em que Hester sai da prisão,o leitor já terá se despedido do escritor e passa a ver os fatos por meio de um narrador em terceira pessoa e então é que o leitor fica sabendo a que se destinava o tecido vemelho dordado com a letra "A" cuidadosamente bordada pela própria usuária que a confeccionara com tanto gosto e apuro que o leitor tem a impressão de que ela faz questão de exibir o símbolo do seu pecado,como se a condenação a que a submeteram não a afligissem o espírito,pois o que a perturbava não era o desprezo das pessoas,mas sim a consciência que ela tinha de seu pecado."Com um sorriso de altivez e um fulgor nos olhos de quem não se sentia envergonhada,contemplou em volta a multidão da cidade e dos arredores.Sobre o peito de seu vestido,apareceu,de fino tecido vermelho,cercada de engenhoso bordado e de fantasiosos floreados de fios de ouro,a letra A.(capII,p.56.)
Pérola era a personificação do pecado de Hester e ela tinha tanta convicção disso que enxergava na filha algo de anormal,como se a menina possuísse dons sobrenaturais e fosse diferente das outras crianças por ter nascido de um pecado,do seu pecado e por esse motivo Hester temia pelo futuro de Pérola a quem dedicava todo seu amor."Contudo tais pensamentos determinavam em Hester Prynne,mais do que a esperança,apreensão.Sabia que seu ato fora mal;não podia,pois,esperar que o resultado do mesmo fosse bom.Dia após dia,observava,receosa,o natural expansivo da criança,temendo sempre descortinar algum desordenado e obscuro sintoma,que correspondesse à culpabilidade a que devia o ser"(Cap.VI,P.83)
Hester não era uma heroína qualquer.Sua altivez e dignidade diante da condenação a que fora imposta,faz com que o leitor a veja sob uma aura superior e a letra "A" vai crescendo numa dimensão tão grande que parece ser uma redoma que protege seu coração das maldades dos habitantes de Salem.Ela não precisa deles e nem da letra "A" para saber que pecou.O pecado não habita somente no coração de Hester.Ele está em toda parte para onde quer que ela olhe.O pecado é a covardia de Dismmedale que sofre calado sem no entanto ter coragem de confessar seu erro.Está na hipocrisia dos habitantes de Salem,os quais condenam Hester e no entanto usufruem dos serviços de bordadeira dela porque lhes é útil;está no ódio mortal de Chillingworth que tenta a todo custo penetrar na alma de Dismmendale para destruí-lo.
À medida que a narrativa vai se desenrolando,o narrador vai levantando questionamentos a respeito do que é realmente pecado.Tenta conseguir com seus fortes argumentos,o apoio do leitor para absolver Hester e consegue,pois quanto mais o leitor obtem informações a respeito de Hester,mais ele a absolve.E a absolvição é completa quando aparece em cena aquela figura estranha e monstruosa de Chillingworth,o marido de Hester.O leitor compreende porque Hester foi capaz de traí-lo.Chillingworth não inspira nenhuma simpatia,mesmo antes do leitor saber de seu papel na história.As descrições que o narrador faz de Chillingworth causa antipatia e repugnância."Era pequeno de estatura,as rugas sulcavam-lhe o rosto;mesmo assim,dificilmente se poderia julgar que era idoso...Hester Prynne reparou que um dos ombros dele era mais elevado que o outro.Novamente,logo que avistou aquele rosto franzino,e a leve deformidade de sua estatura,apertou a criança ao seio com tanta força que o pobre nenê soltou outro grito de dor"(Cap.III,P.61)
Ao encerrar a análise sobre THE SCARLET LETTER percebo que a letra"A" teve um destaque especial no romance.Eu diria que até que superou o papel de Hester,tal a humanização que foi emprestada à letra.Se a intenção do narrador era despertar no leitor a atenção para a significação do pecado,penso que ele conseguiu.As mudanças que o significado da letra "A" sofreu durante o curso da história faz com que o leitor pense que os habitantes de Salem,aqueles que condenaram Hester,enxerguem na letra os seus próprios pecados e a letra serviu como espelho de suas almas.Hester foi apenas instrumento condutor.
Aletra "A" cumpriu sua missão.
O pecado ou a maneira como é representado é um tema que compõe a narrativa do começo ao fim.O narrador onisciente não dá ao leitor a definição do que é pecado.O leitor é que vai tirando suas próprias conclusões ao longo da narrativa,porém há a intenção por parte do narrador em fazer o leitor acreditar naquilo que narra.
Já no capítulo introdutório intitulado"O EDIFÌCIO DA ALFÂNDEGA",o leitor,pela primeira vez tem contato com algo que ele supõe(pois o escritor não diz) ser um objeto que está ligado de alguma forma a algo condenável,pois o escritor diz sentir-se mal ao tocar o objeto."Pareceu-me então,-o leitor pode sorrir,mas não duvide de minha palavra,-pareceu-me que experimentei uma sensação não inteiramente,mas quase inteiramente,física de calor em brasa.Estremeci,e sem dar por isso deixei-o cair no chão"
Ao entrar no segundo capítulo,em que Hester sai da prisão,o leitor já terá se despedido do escritor e passa a ver os fatos por meio de um narrador em terceira pessoa e então é que o leitor fica sabendo a que se destinava o tecido vemelho dordado com a letra "A" cuidadosamente bordada pela própria usuária que a confeccionara com tanto gosto e apuro que o leitor tem a impressão de que ela faz questão de exibir o símbolo do seu pecado,como se a condenação a que a submeteram não a afligissem o espírito,pois o que a perturbava não era o desprezo das pessoas,mas sim a consciência que ela tinha de seu pecado."Com um sorriso de altivez e um fulgor nos olhos de quem não se sentia envergonhada,contemplou em volta a multidão da cidade e dos arredores.Sobre o peito de seu vestido,apareceu,de fino tecido vermelho,cercada de engenhoso bordado e de fantasiosos floreados de fios de ouro,a letra A.(capII,p.56.)
Pérola era a personificação do pecado de Hester e ela tinha tanta convicção disso que enxergava na filha algo de anormal,como se a menina possuísse dons sobrenaturais e fosse diferente das outras crianças por ter nascido de um pecado,do seu pecado e por esse motivo Hester temia pelo futuro de Pérola a quem dedicava todo seu amor."Contudo tais pensamentos determinavam em Hester Prynne,mais do que a esperança,apreensão.Sabia que seu ato fora mal;não podia,pois,esperar que o resultado do mesmo fosse bom.Dia após dia,observava,receosa,o natural expansivo da criança,temendo sempre descortinar algum desordenado e obscuro sintoma,que correspondesse à culpabilidade a que devia o ser"(Cap.VI,P.83)
Hester não era uma heroína qualquer.Sua altivez e dignidade diante da condenação a que fora imposta,faz com que o leitor a veja sob uma aura superior e a letra "A" vai crescendo numa dimensão tão grande que parece ser uma redoma que protege seu coração das maldades dos habitantes de Salem.Ela não precisa deles e nem da letra "A" para saber que pecou.O pecado não habita somente no coração de Hester.Ele está em toda parte para onde quer que ela olhe.O pecado é a covardia de Dismmedale que sofre calado sem no entanto ter coragem de confessar seu erro.Está na hipocrisia dos habitantes de Salem,os quais condenam Hester e no entanto usufruem dos serviços de bordadeira dela porque lhes é útil;está no ódio mortal de Chillingworth que tenta a todo custo penetrar na alma de Dismmendale para destruí-lo.
À medida que a narrativa vai se desenrolando,o narrador vai levantando questionamentos a respeito do que é realmente pecado.Tenta conseguir com seus fortes argumentos,o apoio do leitor para absolver Hester e consegue,pois quanto mais o leitor obtem informações a respeito de Hester,mais ele a absolve.E a absolvição é completa quando aparece em cena aquela figura estranha e monstruosa de Chillingworth,o marido de Hester.O leitor compreende porque Hester foi capaz de traí-lo.Chillingworth não inspira nenhuma simpatia,mesmo antes do leitor saber de seu papel na história.As descrições que o narrador faz de Chillingworth causa antipatia e repugnância."Era pequeno de estatura,as rugas sulcavam-lhe o rosto;mesmo assim,dificilmente se poderia julgar que era idoso...Hester Prynne reparou que um dos ombros dele era mais elevado que o outro.Novamente,logo que avistou aquele rosto franzino,e a leve deformidade de sua estatura,apertou a criança ao seio com tanta força que o pobre nenê soltou outro grito de dor"(Cap.III,P.61)
Ao encerrar a análise sobre THE SCARLET LETTER percebo que a letra"A" teve um destaque especial no romance.Eu diria que até que superou o papel de Hester,tal a humanização que foi emprestada à letra.Se a intenção do narrador era despertar no leitor a atenção para a significação do pecado,penso que ele conseguiu.As mudanças que o significado da letra "A" sofreu durante o curso da história faz com que o leitor pense que os habitantes de Salem,aqueles que condenaram Hester,enxerguem na letra os seus próprios pecados e a letra serviu como espelho de suas almas.Hester foi apenas instrumento condutor.
Aletra "A" cumpriu sua missão.